quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Os avanços da " Consciência negra"



(Foto: reprodução internet)


Hoje, 20 de novembro é comemorado o dia da consciência negra, um dia memorável para uma classe que por séculos foi marginalizada e que sofreu, e ainda sofre com o legado de um período amargo e desumano, o período escravista  que perdurou do Brasil império até final do Brasil colônia. Mas até então, tudo bem, sabemos que o quanto esse período foi ruim para a história e o quanto provocou segregações raciais no país.  E agora a pergunta é e o que mudou de lá pra cá?  quais foram as medidas adotas na sociedade quanto a esse tema? quais foram os avanços para que a "igualdade" entre as pessoas de fato acontecesse? Vamos por parte, primeiramente devemos registrar iniciativas políticas que levaram à algumas mudanças, por exemplo, tivemos algumas leis como:  A lei do Ventre livre, criada em 1871, concedendo liberdade aos filhos de escravos nascidos após a lei. Já no ano de 1885, foi criada a Lei dos sexagenários, dando liberdade aos escravos como mais de sessenta anos de idade, e por fim, em 1888 foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, pela qual os escravos puderam de fato conquistar sua "liberdade", sim liberdade questionada pois depois de servir por tanto tempo senhores e vassalos para onde iriam? o que fariam com sua "liberdade"? a resposta já sabemos, a maioria continuava servindo aos seus senhores. Pois bem, toda essa mudança política em favor dos escravos não foi assim pacífica, muitos lutaram até mesmo com sua própria vida, como foi o caso de Zumbi dos Palmares, aliás, foi por meio de sua luta ,  é que hoje comemora-se o dia da consciência negra, que já seria um avanço?  sim, um avanço social memorável. Mas o que mais mudou do Brasil colônia para o atual República? temos como de fato comemorar a consciência? as pessoas estão conscientizadas mesmo? hoje, apesar de muitos pensamentos divergentes, há algumas leis no Brasil que vieram para diminuir a dívida histórica de nosso país para com a população negra, tais como leis que provocam a inclusão do negro por meio de cotas em universidades e até em concursos federais. e por meio delas, muitas histórias de famílias negras têm tido um outro desfecho totalmente diferente do que era tradicional em nossa história. No campo educacional, há também  desde 2003 a inserção obrigatória da história da cultura afro-descendente nas escolas, sejam elas públicas ou particulares feita pela lei federal n° 10.639.  O que leva um pouco  mais de conscientização para as crianças de nosso país e que faz  com que elas compreendam o seu passado. 
 Se as pessoas ou se o governo estão de fato mais conscientes ou não? isso é uma questão de compreensão e reflexão que eu e você devemos ter todos os dias, pois afinal de contas todo dia é dia de conscientizar-se de que o "outro" na verdade, pode ter sido você no passado, pode ser você no presente ou poderá ser você no futuro. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Resenha do livro "1968: O ano que não terminou" de Zuenir Ventura

A obra é apresentada por meio de relatos de pessoas que viveram as aflições do ano que não terminou. o livro começa em uma festa, onde são narradas as primeiras evidências de um ano que transparece todas as mudanças provocadas na sociedade.

No decorrer da leitura do livro, são percebidos pontos fundamentais, como a mudança comportamental dos jovens e a quebra de valores em uma família, como é o caso de começarem a surgir separações de casais , quebrando o tradicionalismo e rompendo as barreiras do preconceito.

Todo o envolvimento dos personagens com a história é transmitido pela maneira adotada pelo o autor de dialogar com o leitor como se fosse um filme registrado pelos olhos de quem lê.

Muitos fatos importantes aconteceram em 1968, o que faz dele ser apontado um ano que não terminou, mas que vai sempre ser lembrado por aqueles que preservam a história. Capítulos narram fatos como a morte do estudante Édson Luís, o festival de música, o período ditatorial no Brasil, o feminismo e a moda são fortemente influentes para acontecimentos de revoluções que mostraram o determinismo vivido na época. É inevitável que o livro não traga uma curiosidade para aqueles que não puderam viver no ano de 1968.

Hoje, após 40 anos de 1968, o mundo carrega uma herança de uma geração que fez a diferença, que revolucionou quando foi necessário e que não se amedrontou em encarar todo sistema político que dominava o mundo e em transmitir a realidade vivida. Ideias de pensadores, como os marxistas, eram fortemente defendidas e serviam como base para a verdadeira mudança que deveria acontecer, como queriam os chamados "comunistas".