terça-feira, 19 de outubro de 2010

UMA DOSE DE CARINHO FAZ BEM A SAÚDE


REPORTAGEM: Nayara Carvalho

Levar alegria onde o que prevalece é sofrimento e medo. Este é o objetivo de grupos voluntários que acreditam na humanização da saúde através da gargalhada. Inspirados em palhaços, eles fazem visitas periódicas a hospitais trazendo bem estar para crianças e adultos. Através de atividades lúdicas os grupos realizam um trabalho de interação, buscando estabelecer uma comunicação de confiança. Tudo é realizado no improviso e o atendimento é olho no olho.
A necessidade de humanizar o tratamento de doentes em hospitais ganhou maior destaque com os palhaços “Doutores da Alegria” que inovaram ao chamar atenção para o fato e ao realizar suas intervenções de maneira profissional no inicio da década de 90. O grupo atua em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife com 58 palhaços profissionais que confortam, em média, 78 000 crianças por ano. O diferencial do grupo é de que não se trata de um trabalho voluntário. Todos recebem salário com o intuito de um constante desenvolvimento do artista, da sua subsistência e a garantia de um trabalho cuidadoso e de qualidade artística. 
Inspirado nos “Doutores da Alegria” e no filme “Pat Adams: O amor é contagioso”, foi criado o grupo “Dose de Carinho”. O grupo faz visitas quinzenais ao Hospital Regional do Gama – HRG. Os mais de trinta voluntários possuem o mesmo objetivo: trazer amor e alegria aos pacientes. “É muito gratificante ver um sorriso no rosto deles. E não é só pintar o rosto e fazer palhaçadas, até porque não somos circenses. É um trabalho de interação” diz a coordenadora do projeto Heloísa Rodriguês, 19 anos, conhecida como "Dra. Meleka".
As visitas acontecem desde o dia 28 de junho de 2008, porém só foram oficializados dois meses depois pela diretoria do hospital e pela Secretária de Saúde do Distrito Federal. O grupo desenvolve ações que auxiliam na humanização e explica que o uso do jaleco semelhante ao do médico é caso pensado.  "Pintamos o rosto, usamos gravatas borboletas, mas usamos um jaleco branco igual ao dos profissionais para tentar tirar aquela imagem de que médico transmite dor e sofrimento" explica Edson Bernardo ou "Dr. Catrakinha".
A forma de aproximação dos grupos é baseada em três características: delicadeza para entrar na intimidade de um quarto sem assustar ninguém. “O palhaço de hospital precisa ser sutil” comenta Edson Bernardo; constância nas visitas; e permissão, a criança pode aceitar ou recusar a visita. Assim muitos profissionais da saúde aprendem com os palhaços maneiras de se aproximar dos doentes. E apesar da idéia de se levar alegria sem a intenção terapêutica, este processo de humanização vem contribuindo para o tratamento dos pacientes.
Os efeitos terapêuticos do riso são diversos. Faz bem para o coração. Alguns médicos até recomendam meia hora de exercício físico três vezes por semana e quinze minutos de riso todos os dias para proteger o sistema cardiovascular. Auxilia ainda na melhora do estado emocional e orgânico das pessoas. O simples ato de esboça um sorriso ou gargalhada estima o cérebro a produzir substâncias com poder analgésico e que proporcionam sensação de bem-estar, protegendo e prevenindo enfermidades.

A INFÂNCIA ROUBADA

REPORTAGEM: Nayara Carvalho
esta reportagem foi realizada no ano de 2008

IBGE revela são mais de cinco milhões de menores de idade, trabalhando no Brasil

Carol, 8 anos, moradora de Brasilinha(GO), vive com os pais e seis irmãos, cursa a 2° série do ensino fundamental. Até então uma rotina normal para uma criança dessa faixa etária se Carol não tivesse que trabalhar para ajudar no sustento da família.
Ela trabalha desde os dois anos de idade ajudando a mãe a vender balas e chicletes na rodoviária do plano piloto. Carol acorda às 6 h, arruma os seus irmãos e vai para a escola, quando chega da aula pega o primeiro Ônibus que vê com destino à rodoviária e segue em busca de mais um trocado. “As pessoas brigam comigo, dizendo que não é para eu trabalhar, mas não tenho culpa preciso ajudar minha mãe”. Disse Carol inconformada com o pensamento da sociedade. Essa é mais uma vítima que sofre com a realidade do trabalho infantil no Brasil.
Apesar de ter apresentado redução considerável nos últimos 11 anos, o trabalho infantil ainda emprega mais de cinco milhões de brasileiros. A Pesquisa Nacional por Amostra ao Domicílio (PNAD) estimou que a proporção de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que trabalhavam em 2006 foi de 11,1% o que representava queda em relação aos 12,2% registrados em 2005 e aos 18,7% levantados em 1995. Mesmo assim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calcula que o número de menores de idade nessa condição chega a 5,1 milhões em todo o país. Apenas na faixa de 5 a 9 anos de idade, existem 237 mil crianças que trabalham e estão sujeitas, em média a uma carga horária semanal de 10,4 horas de trabalho. Entre 10 e 14 anos, o total sobe para 1,7 milhão em todo o país. Nessa faixa, 53,3% trabalham sem remuneração e chegam a exercer uma jornada de 18,4 horas por semana.
De acordo com a PNAD, a região brasileira que apresenta a maior parcela de trabalho infantil é o nordeste, com 14,4% das crianças e dos adolescentes empregados. No entanto, o IBGE alega que a região apresentou a maior redução de 2005 para 2006. Em seguida, vem as regiões sul, com 13,6%, e norte, com 12,4%, também acima da média nacional.
Outro dado importante é que somente a agricultura emprega 41,4% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no país. Apesar disso, o IBGE ressalta que houve queda de 1,1 % desse grupo etário na agricultura. A pesquisa ainda revela que os trabalhadores infantis são tipicamente do sexo masculino (64,4%) e negros ou pardos (59,1)%.
O professor Célio Ferreira formado em sociologia pela Universidade de Brasília, professor da rede pública do Distrito Federal e estudante do curso de especialização em educação de ensino médio ministrado pela UNB (Universidade de Brasília) comenta sobre o trabalho infantil no Brasil e explica porque o trabalho infantil tornou-se algo banalizado para a sociedade brasileira, ele ressalta que: “uma das coisas que eu observo e que me chama muita atenção é que eu acredito que um país como o Brasil ainda não tem um olhar direcionado para a questão dessa minoria social, porque a criança ela é uma minoria social e infelizmente o Brasil não abrange a aplicabilidade do estatuto da criança e do adolescente em relação a essa minoria social e infelizmente a tendência dos nossos governantes e da nossa sociedade é banalizar essa pratica da banalização da exploração da mão de obra infantil. A sociedade civil está olhando de uma forma banal e a gente percebe isso diante do comportamento da nossa sociedade civil e da nossa sociedade institucionalizada no sentido de não aplicar uma lei mais dura para as pessoas que exploram essa mão de obra infantil”.
Para Célio a sociedade acaba não percebendo esses agentes sociais como o futuro do nosso país, não dando oportunidades para essas crianças terem uma condição mais justa para que possam se desenvolver psíquico e fisicamente, ainda de acordo com ele essa é uma questão complexa em que tem que se reunir forças, políticas publicas, organismos nacionais e internacionais para poder encontrar uma solução mais viável para essa questão, para impedir que uma criança vá oferecer sua mão de obra de forma exploradora e que possa existir um projeto que substitua essa mão de obra incentivando que essa criança continue na escola e tenha o direito basilar de ser educada, de ter oportunidades e um bom desenvolvimento físico, psíquico e social.
Para a construção de uma nova realidade no combate ao trabalho infantil no Brasil, o governo federal tem investido em programas assistencialistas como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
O PETI tem como objetivo contribuir para a erradicação do trabalho infantil no país, atendendo crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos. O programa está inserido em um processo de resgate da cidadania, bem como de inclusão social das famílias. Para um melhor resultado, foi regulada pela portaria GM/ MDS N° 666, de 28 de dezembro de 2005, a integração entre o PBF e o PETI, que possibilita uma unificação do valor do serviço socioeducativo.
Com a expansão dos programas sociais, com investimentos em uma educação de qualidade, políticas de criação de mais empregos, uma sociedade menos egoísta e individualista, são elementos que trabalhados juntos ajudam a minimizar ou acabar com a exploração infantil que rouba a infância do Brasil, e que deve ser derrotada não só pela sociedade, mas, também pelas instituições sócias e governamentais, que devem jamais adormecer diante de um problema social que escraviza e destrói os sonhos e esperanças de pequenas vitimas que por não terem condição de serem sustentadas, acabam sendo empurradas pelo capitalismo para que possam continuar sobrevivendo, perdendo assim a infância e a esperança de construírem um futuro melhor.

HISTÓRIAS QUE PASSAM PELA ROLETA


Às seis da manhã estou pronta para rotina. Lá vou eu rumo à casinha que abriga muitos companheiros pelas manhãs. Passa o primeiro e não entro, passa o segundo e também não é ele, passa o terceiro e ali está finalmente é ele. Entro nesse ambiente, que é pago por dinheiro ou cartão, não importa a forma o que importa é que me leve ao lugar desejado.
Em cada casinha que ele pára me traz diferentes companheiros, uns nervosos outros dóceis ou amigos, pobre ou ricos ele não faz acepção de pessoas.
Lá vamos nós ele já está cheio, mas sempre cabe mais um, é um empurra daqui um “me deixa passar” de lá, mas no fim, tudo se resolve, até para um rapaz que é cadeirante e que para entrar necessita de ajuda dos companheiros, que sempre prestativos não fazem corpo mole em ajudar.
_ você não sabe o que aconteceu com meu filho, ele está enternado e precisa de doação de sangue O+ porque no hospital está em falta.
Logo em seguida grita alguém: ­
­_ Eu sou O+ vem aqui, eu sou doador.
_ Concerteza a culpa foi do motoqueiro! A culpa é sempre deles. Disse uma mulher ao vermos um acidente que acabara de acontecer.
E quando os flamenguistas se reúnem para falar do último jogo? Meu Deus! Não param mais.
Uma biblioteca seria a função deste ambiente? Não sei o fato é que muitas pessoas aproveitam o tempo que tem da forma que dá.
            Mas o ambiente é favorável a outras situações é só observar que sempre tem alguém dormindo, estudando ou namorando não importa a situação todos os dias as pessoas fazem dele uma diversão.
            A diversão acabou cheguei ao lugar desejado, ele me trouxe ao trabalho e agora deixará meus companheiros também.
             

sábado, 2 de outubro de 2010

CRÔNICA DO DIA...

QUEM É ELE?

ACORDO E LÁ VOU EU EM BUSCA DELE....
MAS ELE TEM HORA PRA CHEGAR E SE EU O PERDER VIRÁ OUTRO?
MAS QUANDO ELE VIRÁ?
VOU PRA CASA ONDE ELE PASSA, MAS LÁ ESTÁ CHEIO DE GENTE! OUTRAS PESSOAS TAMBÉM ESPERAM POR ELE. ELE ÉSTÁ CHEGANDO JÁ POSSO OUVIR O SOM.
UFA ENTREI NELE, PASSEI POR UM PASSEI POR DOIS, PASSEI POR VÁRIOS....
OBSERVE!!!!!!!! BEM, UNS RECLAMAM MUITO....... OUTROS JÁ ATÉ SE ACOSTUMARAM!!!!
OLHA LÁ!!!!!!!!!!!! ELE É UM VERDADEIRA BIBLIOTECA OLHA O TANTO DE PESSOAS QUE LEEM!! HÁ  LIVROS, JORNAIS E REVISTAS....
OLHA A MENINA LÁ!!!!! ELA ESTÁ DORMINDO NELE!!! ELE TRAZ CONFORTO....
SENTEI-ME E LOGO PERGUNTEI A ALGUÉM:
-QUANTAS HORAS?...... PRONTO ELE ME PROPORCIONOU MAIS UMA AMIZADE...
MAS QUEM É ELE?
BOM JÁ VOU DESCER.....  DEPOIS DE DEIXAR MUITOS DOS MEU COLEGAS!!! ELE VAI ME DEIXAR TAMBÉM!!!!!!! AFINAL DE CONTAS ELE CUMPRIU  O MEU DESTINO...
LÁ VAI ELE.... EM BUSCA DE AJUDAR OUTROS COLEGAS A ENCONTRAREM DESTINOS!!
MAS QUEM É ELE?
LÁ VAI ELE!!!!!! LÁ VAI O ÔNIBUS!!!!!!!
 HEI PSIU!!!! CUIDADO!!!!!! SE NÃO VOCÊ O PERDERÁ....