quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Resenha do livro "1968: O ano que não terminou" de Zuenir Ventura

A obra é apresentada por meio de relatos de pessoas que viveram as aflições do ano que não terminou. o livro começa em uma festa, onde são narradas as primeiras evidências de um ano que transparece todas as mudanças provocadas na sociedade.

No decorrer da leitura do livro, são percebidos pontos fundamentais, como a mudança comportamental dos jovens e a quebra de valores em uma família, como é o caso de começarem a surgir separações de casais , quebrando o tradicionalismo e rompendo as barreiras do preconceito.

Todo o envolvimento dos personagens com a história é transmitido pela maneira adotada pelo o autor de dialogar com o leitor como se fosse um filme registrado pelos olhos de quem lê.

Muitos fatos importantes aconteceram em 1968, o que faz dele ser apontado um ano que não terminou, mas que vai sempre ser lembrado por aqueles que preservam a história. Capítulos narram fatos como a morte do estudante Édson Luís, o festival de música, o período ditatorial no Brasil, o feminismo e a moda são fortemente influentes para acontecimentos de revoluções que mostraram o determinismo vivido na época. É inevitável que o livro não traga uma curiosidade para aqueles que não puderam viver no ano de 1968.

Hoje, após 40 anos de 1968, o mundo carrega uma herança de uma geração que fez a diferença, que revolucionou quando foi necessário e que não se amedrontou em encarar todo sistema político que dominava o mundo e em transmitir a realidade vivida. Ideias de pensadores, como os marxistas, eram fortemente defendidas e serviam como base para a verdadeira mudança que deveria acontecer, como queriam os chamados "comunistas".